O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic para 13,25% ao ano nesta quarta-feira (29), marcando a primeira alta de juros de 2025. Esse aumento melhora a rentabilidade dos títulos atrelados aos juros e impõe desafios adicionais aos ativos de renda variável.
Com esse cenário, a seleção de ativos torna-se ainda mais crucial para os investidores. A renda fixa ganha atratividade, enquanto a renda variável apresenta desafios no curto prazo, mas também oportunidades de longo prazo para quem souber aproveitar.
Impactos na Renda Fixa
Com a alta da Selic, os títulos do Tesouro Direto se tornam ainda mais atrativos. O Tesouro Selic é uma das principais recomendações para quem busca segurança e liquidez. Já os títulos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+), que pagam juros reais entre 7,50% e 7,84% ao ano, são alternativas interessantes, mas sua rentabilidade depende das condições econômicas futuras.
No crédito privado, os CDBs, LCIs, LCAs e debêntures também oferecem boas opções de investimento. No entanto, é recomendável evitar títulos de empresas com alto endividamento no curto prazo.
Oportunidades na Bolsa de Valores
Apesar da pressão sobre a renda variável, especialistas destacam que ainda há boas oportunidades na Bolsa.
Setores mais defensivos, como bancos, elétricas, seguradoras, saneamento e commodities, podem oferecer proteção aos investidores. Algumas das ações destacadas incluem BB Seguridade (BBSE3), Caixa Seguridade (CXSE3), Itaú (ITUB4), Sabesp (SBSP3), Equatorial (EQTL3), JBS (JBSS3) e Petrobras (PETR4). (Lembrando que não são dicas de investimentos).
Fundos Imobiliários (FIIs): Oportunidade ou risco?
Os Fundos Imobiliários (FIIs) tendem a sofrer no curto prazo devido ao aumento do custo de financiamento, mas podem representar boas oportunidades de compra.
Os fundos de papel, que investem em títulos indexados à inflação e juros, devem se sair melhor neste cenário, enquanto os fundos de tijolo, que possuem imóveis físicos, podem enfrentar mais desafios. No entanto, esses fundos podem oferecer descontos significativos e boas perspectivas para o longo prazo.
Investimentos no Exterior: Vale a pena diversificar?
Mesmo com os juros elevados no Brasil, a diversificação global continua relevante. Investimentos no exterior ajudam a mitigar riscos locais e oferecem acesso a setores inovadores, como inteligência artificial e transição energética.
No campo da renda fixa internacional, o Tesouro Americano e o crédito corporativo continuam a ser boas opções. Segundo Mariana Conegero, sócia da The Hill Capital, “investimentos em moeda forte, rendendo 4-5% ao ano, são extremamente interessantes”.
Conclusão
O aumento da Selic para 13,25% reforça a atratividade da renda fixa e impõe desafios à renda variável no curto prazo. No entanto, oportunidades existem para quem souber fazer escolhas estratégicas. O momento é de seleção criteriosa de ativos, seja na renda fixa, na Bolsa ou no exterior.
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